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Descubra os segredos de um sono reparador e alcance o bem-estar mental e físico.

Escrito por: @autopoesy

O que na vida dos nossos ancestrais era idêntico à nossa vida nos dias de hoje?

Não há dúvidas que a nossa civilização do  mundo de hoje, com suas estupendas conquistas científicas, tecnológicas, sociais, econômicas, culturais, etc, alcançou um patamar de existência de mais qualidade do que em épocas anteriores.

Há até quem diga que chegamos no ponto final da história. Então, como diria uma conhecida expressão popular: daqui pra frente é só pra trás.

Ufanismos à parte, pois, é fato que boa parte das pessoas a vida hoje é muito melhor, isso não significa que vivemos num mundo perfeito.

É interessante perceber que, em meio a tantos avanços alcançados em nossa época, algumas coisas permanecem as mesmas. Desde quando nossos ancestrais começaram a povoar este planeta, há cerca de 200 mil anos atrás. 

Uma delas é o ciclo natural da passagem dos dias e noites, com duração de 24 horas aproximadamente, com seus nasceres e pores do sol, e noites cintilantes de estrelas, cujas madrugadas sempre albergam os alvoreceres de uma nova aurora. 

Esse ritmo é nosso companheiro desde quando a humanidade começou a engatinhar os seus primeiros passos neste planeta. Na ciência é estudado como ciclo circadiano.

Hoje nós sabemos que tudo no corpo humano está atado ao ciclo circadiano. De modo que, compreender como funciona este ciclo e sua influência sobre nós, pode nos ajudar a potencializar algumas funções biológicas decisivas para nosso bem-estar e saúde mental, como no caso do sono de qualidade.

As aparências enganam

Nesta nossa sociedade em que o valor maior está no ganho com aquilo que faço, dormir parece ser uma coisa inútil. A final de contas passamos ⅓ das nossa vidas dormindo, ocasião em que não podemos fazer nada de útil e produtivo como:

  • comer e beber,
  • trabalhar,
  • estar com alguém,
  • ou mexer no celular.

Além do que, conforme bem observa Mattew Walker (autor do livro Por que nós dormimos, a gente enquanto dorme, torna-se presa fácil para algum predador.

Mas as aparências, deste nosso modo capitalista de ver a vida, enganam, e muito, quando o assunto é o sono.

Neste sentido, como também observa o neurocientista Pedro Calabrex, se observarmos o que acontece no nosso cérebro ao dormir, concluiremos que o sono talvez seja o momento mais útil e produtivo das nossas vidas.

Pois, é durante o sono que o cérebro realiza as operações fundamentais para a manutenção da nossa saúde mental, fator imprescindível para quem quer ser mais produtivo. 

Algumas destas principais operações são:

  • consolidação da memória – durante o sono o cérebro consolida a memória daquilo que foi aprendido ao longo do tempo. Por isso, dormir mal (ou não dormir) é o grande inimigo da aprendizagem e desenvolvimento intelectual e profissional;
  • renovação da habilidade de aprender – também é durante o sono que o cérebro renova sua capacidade de absorver novas memórias, tornando-se capaz de aprender coisas novas;
  • consolidação entre novas memórias e outras informações – além do que, no sono o cérebro consolida as novas memórias adquiridas com outras já existentes, através de um processo de associação de ideias. Nisto, temos a base da nossa criatividade. 

Associadas a estas operações cerebrais que acontecem enquanto dormimos, também vale lembrar que é durante este perído do nosso dia que nosso cérebro

  • consolida memórias afetivas;
  • faz uma limpeza das sujeiras acumuladas durante o dia, através da desintoxicação dos neurônios;
  • fortalece nosso sistema imunológico.

Por tanto, o sono das pessoas, devia ser um indicador do PIB monitorado, para que se busque cada vez mais sua qualidade. Pois, definitivamente, de inútil e improdutivo ele não tem nada.

E melhorar nossa qualidade de sono, a princípio, não depende de muita coisa sofisticada fora de nós. Basta entendermos com ele que funciona dentro de nós, para percebermos que com pequenas atitudes cotidianas serão suficientes para cultivarmos a arte de dormir bem.

Ative o seu despertador natural

Nos dias atuais, quando a gente precisa saber a hora certa para dormir ou acordar, é comum usarmos um relógio ou celular. No segundo caso, se for necessário, podemos programar a liberação de um sinal de alarme.

E quando não existiam estas tecnologias, como nossos ancestrais faziam para saber qual a hora do dia de dormir e acordar?

Neste caso, eles eram guiados por um relógio despertador existente na natureza, o sol. O que me faz lembrar da minha avó materna, que quando queria saber qual a hora do dia, botava o rosto fora da janela da cozinha e olhava para a posição do astro rei. Era incrível como acertava sempre.

Mas, afinal de contas, como isso era possível? Como nosso corpo sabe a hora do dia? Consegue discernir entre dia e noite?

Segundo a ciência, neste sentido, são duas variáveis que nos permitem identificar a hora do dia: a luminosidade e a temperatura. Pois, os dias são iluminados e quentes, quando comparados à noite.

A maioria dos seres vivos, assim como nós seres humanos, possui mecanismos internos capazes de perceber essas variações de luzes e temperaturas.

Desta forma, o nosso cérebro é configurado biologicamente para reagir, principalmente, à luminosidade e temperatura do ambiente. E isso, durante muito tempo, acontecia de modo natural:

  • o sol raiava no horizonte, era o sinal de luz que despertava nossos ancestrais. Com o pôr do sol, o máximo de luz que conseguiam vinha das fogueiras.

Todavia, com a urbanização e tecnologia atuais, nós seres humanos somos expostos a grandes quantidades de luz após o pôr do sol, nunca antes imaginadas. E o problema é que nosso cérebro não está preparado para lidar com essa carga excessiva de luz a qual somos atingidos na nossa modernidade.

Não é atoa que um problema de saúde pública atual, que vem se agravando cada vez mais, seja o fato de muitas pessoas terem dificuldades para dormir ou dormir um sono de baixa qualidade.

Existe uma condição para acordar e dormir bem?

Então, fica evidente que para acordarmos e dominarmos a arte de dormir bem, precisamos aprender a fazer bem o bom uso da luz. Se, por um lado, ela pode ser inimiga do nosso sono (como vimos linhas atrás), por outro, ela também pode ser nossa principal aliada.

De que modo?

O principal sinalizador que, juntamente com a temperatura, coordena o funcionamento do nosso relógio biológico é justamente a luz. Em especial, aquela que chega às nossas retinas, no amanhecer do dia.

Quando isso acontece, nosso relógio biológico entra no módulo acordar e ativa uma série de reações no cérebro e no corpo, fazendo que ocorra a secreção saudável e equilibrada de alguns neuromoduladores fundamentais para nosso bem-estar ao longo do dia, como o cortisol, adrenalina e dopamina.

Esses três neuromoduladores, por sua vez, quando presentes em nosso corpo no início do dia, de forma equilibrada e saudável, nos deixam mais alertas, cheios de disposição, foco e desejo de realizar nossos objetivos.

Acontece que, não é qualquer tipo de luz que provoca essa reação positiva do funcionamento do nosso relógio biológico, com a do celular que pegamos logo quando acordamos. É um típico mais específico e super acessível: a luz do sol pela manhã.

Isso significa que, para acordarmos bem, precisamos nos expor à luz natural, sobretudo no período da manhã, por aproximadamente, assim nos falam os estudos científicos sobre o tema, 30 a 60 minutos após acordarmos.

E para dormir bem, vale o contrário desse processo. Ao pôr do sol, nosso relógio biológico fica mais sensível à exposição da luz, de modo que uma pequena quantidade já pode ser prejudicial ao sono.

As únicas luzes que não atrapalham o sono à noite são aquelas oriundas de fogueiras, velas ou luzes artificiais vermelhas de baixíssima intensidade.

Pense nisso, se você tem costume de usar celular à noite, sobretudo até na hora de dormir, sabendo que estes aparelhos emitem uma luz muito forte intensa. Será porque você não tá dormindo bem, hein!? (o mesmo vale para tv, computador, etc).

Você… é uma coruja ou cotovia?

Por fim, quando o assunto é o sono, você se considera uma coruja ou uma cotovia, ou seja, uma pessoa diurna ou noturna?

Antes de mais nada, é importante ficar bem claro o recado de quem estuda o tema nas perspectivas das neurociências, como o Pedro Calabrez: nunca é saudável trocar a noite pelo dia.

Quando a gente faz isso, seja por uma questão de autoengano ou de alguma disfunção psicossomática, acaba destruindo nossa saúde corporal e mental, produtividade, equilíbrio emocional, capacidade de aprendizagem, sistema imunológico, entre outras coisas relevantes para nossa vida do dia-a-dia.

Com essa importante informação em mente, vale dizer que tendo em consideração o nosso relógio biológico natural, existem três tipos de pessoas. Essas variações, determinadas pela genética, é comumente chamada de cronótipo. 

Assim, temos:

Cronótipo diurno – são pessoas que naturalmente tendem a dormir cedo, por volta 21h00 ou 22h00, e acordar bem próximo do nascer do sol, cerca das 5h00 ou 6h00. 

Mais ou menos 30% das pessoas possuem este cronótipo. São consideradas como cotovias, pássaros que despertam ao nascer do sol e logo começam a cantar.

Cronótipo noturno – são pessoas que naturalmente tendem a dormir mais tarde, cerca das 23h00, e acordar por volta das 8h00 e 9h00. Também giram em torno de 30% da população mundial e são consideradas como corujas, pássaros que passam a noite em vigília.

Vale ressaltar, que isso não significa que funcionam bem durante o dia. Apenas significa que biologicamente tendem a dormir e acordar um pouco mais tarde.

Cronótipo intermediário – são pessoas que naturalmente tendem a dormir entre os extremos acima. Isto é, tendem a sentir sono entre 22h00 a meia noite e acordar entre 7h00 e 8h00 da manhã. Nesta categoria estão 40% das pessoas.

A partir disso, vale então, refletir sobre  quantas horas de sono são recomendadas para dormimos e acordamos bem.

Levando em consideração as indicações científicas atuais, neste caso, de acordo com a idade, pode-se dizer que: 

Dicas para dormir bem

Então, em resumo, para dormir bem, vale👇

OBS.: é importante ressaltar que o conteúdo deste artigo, apesar de estar baseado em pesquisas científicas atuais e na minha experiência na busca de melhor minha qualidade de sono, por tanto, não substitui a experiência de cada leitor.

Então, tenha cautela em utlizar o que aqui está escrito e sempre busca uma consulta com um profissional da área, para se orientar melhor a respeito, caso precise dar uma elevar a qualidade de seu sono.

Sua vida e sua saúde é, acima de

Livre,

Leve,

Voe!

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