Escrito por: @autopoesys
Você tem tido boas noites de sono?
Tem se concentrado nos seus afazeres, sejam eles domésticos ou do trabalho?
Consegue estar presente onde quer que vá, sem ficar com a mente voando para o mundo das lamentações do passado ou preocupação do futuro?
Você está cansado?
Se disse não para algumas ou todas as perguntas acima, parabéns, você é um dos raros mortais que não sofre os sintomas da sociedade do cansaço em que vivemos hoje em dia.
Em que somos absorvidos por uma avalanche de cobranças várias, que vão desde à buscar nossa melhor versão o tempo todo à necessidade de ter um bom desempenho em tudo que fazemos.
Mas se você, assim como eu, sofre destes sintomas que nos adoece por inteiro, também sente a necessidade de reencontra a paz e a saúde mental perdidas em alguma esquina deste admirável mundo novo.
E como fazer isso? É possível?
Um jeito antigo, mas que ainda vale
A busca por tranquilizar a mente e aquietar o espírito não é uma necessidade só nossa de agora, nestes tempos frenéticos em que o corpo pede mais um pouco mais de calma e de alma.
Já no mundo antigo, os filósofos epicuristas, céticos e estóicos buscavam pelo cultivo do que chamavam de ataraxia. Significava ausência de perturbação e tranquilidade de alma. Ou seja, a disposição do espírito pela busca da paz interior, equilíbrio e moderação na vivência das paixões do mundo.
Mas, o jeito mais antigo desta busca por serenidade de espírito e relaxamento do corpo está, sobretudo, na arte da meditação.
Há entre os estudiosos do tema da meditação a assertiva de que tal prática surgiu há cerca de 5 mil anos, na Índia. Com o tempo, foi se espraiando pela Ásia e ganhando diferentes vertentes. Porém, sempre com o objetivo central de unir mente, corpo e alma no processo de evolução pessoal.
Sobretudo, a partir do século XX, a meditação foi ganhando mais relevância pelo mundo a fora, conquistando também as nossas terras ocidentais. Hoje em dia, é possível encontrar muitas escolas de yoga, centros de zen budismo, templos e demais instituições voltadas para a prática meditativa, inclusive na perspecitiva da meditação cristã.
Contudo, a prática meditativa que é mais falada e também buscada na nossa contemporaneidade, é sem dúvida a assim chamada atenção plena, conceito também conhecido como mindfuness, ou seja, atenção plena.
Um jeito de meditar mais adquedo aos nossos tempos?
Mindfulness é uma forma de meditação que consiste em prestar atenção ao momento presente, sem julgar ou reagir aos pensamentos e sentimentos que surgem.
Essa prática pode trazer diversos benefícios para nossa saúde mental, física e espiritual, como:
- reduzir o estresse,
- a ansiedade,
- a depressão e a dor crônica.
Por não exigir tanto, um jetio, tempo ou lugar específico para ser realizada, mindfulness acaba sendo uma forma de meditação mais adequada aos nossos tempos, em que as estruturas e sistemas existenciais tende a serem mais líquidos.
Você pode praticar mindfulness em qualquer situação do seu dia a dia,
- como ao escovar os dentes,
- ao comer,
- ao caminhar ou ao trabalhar.
Basta se concentrar na sua respiração, sensações corporais e no que está acontecendo ao seu redor, sem se distrair com o passado ou o futuro.
E se for atropelado pela agitação dos seus pensamentos, em algum momento, não precisa se culpar e nem criticar, pois, a prática da atenção plena consiste, acima de tudo, em ser compassivo consigo mesmo.
Nestes nossos tempos atuais em que impera na vida, aquilo que Mario Sergio Cortella chama de ditadura da tacocracia, ou seja tudo quem tem ser fast, temos andado confusos, cansados e perdidos, em meio a tantas informações, estímulos e compromissos cotidianos.
Por isso, mais do que nunca precisamos recuperar a busca pelo cultivo da espiritualidade, que nos faz resgatar a capacidade que os antigos tinham de procuar pelas fontes de tranquilidade que há dentro de cada um.
E assim, apesar de qualquer coisa, lembrar que é polssível viver uma vida de mais realizaçaõ e sentido.
Livre,
Leve,
Voe!
